A canção chamava-se "Kelmti Horra" ("A minha Palavra é Livre") e era da Emel Mathlouthi e veio a tornar-se o hino dessa revolução. Reconheci-a depois, já no ano de 2015, a cantar a mesma canção na Cerimónia dos Prémio Nobel.
Se é verdade que a Revolução cresceu a partir das más condições de vida das populações do norte de África até ao Médio oriente, é ainda mais verdade que aquela música me conseguia causar emoções mesmo sem que eu pudesse entender a letra. Essas emoções abrangiam um estado de Violência e de Paz simultaneamente. de certa forma, era a resposta que eu considerava perfeita para um período tão conturbado.
A Emel nasceu na Tunísia, mais concretamente em Tunes, a 11 de Janeiro de 1982. Começou a sua carreira com uma guitarra e tão cedo como começou a cantar tão cedo começou a ser censurada no seu próprio país. O seu primeiro álbum, que saiu em 2012, só foi possível graças aos eventos da revolução que permitiram que a sua música transpusesse a fronteira tunisina.
A guitarra elétrica minimalista é o principal instrumento, quase o único, que entra no seu trabalho, já que a sua voz sedutora e envolvente é capaz de viver praticamente só. Há algum experimentalismo na sua música e é permanente a sensação de que estamos a num campo de batalha a aproveitar os últimos momentos de paz.
discografia até ao momento: 2012 Kelmti Horra
2017 Ensen
2018 Ensenity (Reworks Album)
2019 Everywhere We Looked Was Burning
contribuições
2013 The Rough Guide To Arabic Revolution (World Music Network)
2016 "Now Indie Arabia" (Universal Music Group)
2017 "Philia: Artists Rise Against Islamophobia" (Floating House Recordings)
site oficial
youtube oficial
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