domingo, 12 de julho de 2020

Ayo, do mundo para o mundo

Comprei o primeiro disco da Ayo um bocado por acaso. Estava em promoção numa loja de música, peguei no telemóvel para ler um pouco sobre a cantora, que desconhecia, e acabei por o levar para casa sem conhecer muito bem. Foi a melhor coisa que fiz. Estávamos em 2006 e era o seu primeiro trabalho, Joyful, do mesmo ano. Desde a primeira audição até aos dias de hoje que ouço frequentemente esse o restantes discos da cantora.


 A Ayo nasceu na Alemanha, filha de mãe cigana e pai nigeriano, e começa por aí a sua característica principal. É uma mulher que canta sobre o mundo para o mundo. mais ainda porque após o divórcio dos seus progenitores passou 4 anos em casas de acolhimento para crianças onde, aliás, terá começado a aprender música, já que com apenas seis anos de idade, durante sua estadia na casa das crianças em Waldniel, gravou o CD Kido Musik com outras crianças e entrou no seu primeiro concerto Ao Vivo.

A vida dá muitas voltas e a de Ayo deu ainda mais uma. Gravou Joyful logo em janeiro de 2006 em apenas cinco dias sem grande produção e como se estivesse a tocar Ao Vivo. O resultado é fenomenal e foi lançado em Junho de 2006 na Europa. Actualmente já conta com seis álbuns.

As suas músicas, que andam por sons pop, afrobeat, funk e reggae, são tão importantes na forma como no conteúdo. Permitem dançar com a tristeza e com a monotonia, mas também com a Esperança. Talvez seja esse o maior segredo do seu sucesso.

Em Beautiful, por exemplo, fala do que pode ser a autoestima duma mulher que ainda precisa de perceber quem é. You're looking in the mirror but you can't see yourself, what you see is a reflection of somebody else.

Muitas das músicas do seu álbum de estréia, foram escritas como uma forma de terapia. A criação de sua música foi a maneira pela qual ela tentou entender o que lhe aconteceu durante sua infância.

Em 'Life is Real', ela admite ser um livro aberto e sabe-se  que em conversa aberta revela sempre uma honestidade e uma inocência notáveis.
Some people say that I'm to open, they say it's not good to let them no everything


Já disse em entrevistas, por exemplo, que quando criança viu coisas que as crianças nunca deviam ver. "A minha mãe era uma boa mãe quando eu era muito pequena e realmente amava-me, mas depois tornou-se viciada em heroína e drogas e transformou-se numa pessoa diferente"

discografia até ao momento:

Joyful (2006)
Gravity At Last (2008)
Billie-Eve (2011)
Ticket To The World (2013)
Ayọ (2017)
Royal (2020)

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